Micropartículas magnéticas fluorescentes produzidas por mecanossíntese revolucionam a deteção de impressões digitais latentes

O Prof. Vasco Bonifácio (DBE, iBB), o Dr. Hélio Barros (iBB) e colaboradores da FCT- Universidade NOVA de Lisboa e Hovione FarmaCiencia publicaram na revista Journal of Photochemistry & Photobiology A: Chemistry a uma abordagem totalmente sustentável para gerar micropartículas magnéticas fluorescentes (FMMPs) em estado sólido, recorrendo exclusivamente à mecanossíntese. Ao combinar matrizes de sílica, citrato de sódio e quitosano, foram obtidas partículas com sensibilidade e especificidade ajustáveis para revelar impressões digitais latentes em superfícies porosas, não porosas e multicolores. A conjugação da fluorescência intensa e das propriedades magnéticas permite visualizar com elevado contraste as impressões digitais, sem a dispersão de pós e com fácil recuperação das partículas não aderidas, sendo possível reutilizá-las em novos testes. Estas FMMPs mantêm a performance mesmo em condições extremas: temperaturas até 150 °C, imersão em água durante 20 dias, envelhecimento até 45 dias e deposições sequenciais. A otimização do processo evitou a supressão de fluorescência habitualmente causada pelo Fe₃O₄, garantindo um perfil de segurança excelente, biodegradabilidade e custos reduzidos. Este trabalho representa um avanço significativo nas técnicas forenses de deteção de impressões digitais, alicerçado em princípios de química verde e inovação tecnológica. Ver mais.