Num artigo recentemente publicado no jornal Gels, investigadores do iBB apresentam uma visão geral dos mais recentes avanços no desenvolvimento de hidrogéis auto-regeneradores e eletrocondutores para fins de tratamento de feridas cutâneas. Estes biomateriais inovadores apresentam um melhor desempenho do que os hidrogéis convencionais, uma vez que têm a capacidade de regenerar a sua estrutura quando sofrem danos, assim como de transmitir estímulos elétricos a tecidos, características que os tornam atrativos para tratar feridas crónicas e/ou feridas de difícil tratamento. Este artigo de revisão, liderado pelos alunos de doutoramento Duarte Almeida e Diogo Dias sob a orientação dos Professores Frederico Ferreira e Teresa Esteves, explica os benefícios de combinar condutividade elétrica com capacidades de auto-regeneração: a primeira promove a regeneração do tecido através de sinais bioelétricos, enquanto que a segunda permite que estes materiais se adaptem aos diferentes movimentos corporais, estendendo a durabilidade dos mesmos. Além disso, este trabalho expande também acerca das estratégias usadas para desenvolver estes hidrogéis, os desafios que se lhes apresentam no que diz respeito à translação para a atividade clínica, e os diferentes caminhos futuros desta área. Em suma, este trabalho constitui um mapa para os vários agentes que estejam interessados no desenvolvimento de produtos de tratamento de feridas de próxima geração. Ver mais.