Why are imprints unstable in pluripotent stem cells?

Num mini artigo de revisão publicado na revista Biochemical Society Transactions por Maria Arez e Simão T. da Rocha, os autores discutem por que razão as marcas de imprinting parental são instáveis em células estaminais pluripotentes, com foco em células estaminais embrionárias e células estaminais pluripotentes induzidas de ratinho e humano (ESCs e iPSCs).

As células estaminais pluripotentes (PSCs) possuem a notável capacidade de autorrenovação e de se diferenciarem em praticamente qualquer tipo celular, o que as torna extremamente valiosas tanto para a investigação como para aplicações terapêuticas. Apesar destas características extraordinárias, as PSCs são vulneráveis a instabilidades genéticas e epigenéticas que podem comprometer a sua fiabilidade e segurança. Este artigo de revisão centra-se nos defeitos epigenéticos mais recorrentes nas PSCs: os erros no imprinting parental — um processo que regula a expressão monoalélica específica da origem parental de certos genes, através da marcação diferencial dos dois alelos parentais por metilação do DNA.

Nas PSCs, uma vez que os erros no processo de imprinting parental surgem, estes mantêm-se ao longo da diferenciação celular, criando dúvidas sobre a utilização de células derivadas de PSCs em modelos de doenças e em medicina regenerativa. Este artigo de revisão apresenta uma visão geral dos defeitos de imprinting tanto em PSCs de ratinho como humanas, explorando as suas origens e consequências. Discute também potenciais estratégias de correção que visam melhorar a estabilidade do imprinting parental, abrindo assim caminho para uma utilização mais segura e fiável das PSCs em investigação e aplicações clínicas. Ver mais.